Essa responsabilidade deve ser levada com a seriedade devida, pois a Divina Providência não brinca em serviço, e como tal, não deve ser levada de animo leve. Muito embora aqueles que se tornam seres convertidos à sua essência, se tornem mais leves no Ser, quase diria, como vivendo em pleno o estado do sentir de uma criança num corpo adulto.
Eles atingiram uma maturidade espiritual, muitas vezes alcançada apôs longos anos de estudo e reflexão sobre os acontecimentos de suas vidas. Reflectindo na forma como sentiram e reagiram a cada situação, procurando desenvolver em si mesmos, a aceitação, o amor, a esperança, a paciência e a perseverança, em persistir sem desistir da fé em algo bem maior e superior que ultrapassa de largo tudo o que o sentimento humano sobre a existência pode alcançar, fazendo uso somente de uma capacidade mental que pouco abarca além das evidências impostas pelas circunstâncias da vida meramente humana.
Onde estamos? Para onde vamos? Ou deveria dizer... de onde vimos? E para o quê, aqui estamos?
A nossa própria existência como Ser consciênte, jamais poderá ser medida ou compreendida por uma mente racional que se deixa controlar por básicos instintos, teremos que nos procurar além de tudo o que a mente conhece, definindo onde se encontra a linha dos nossos próprios limites de compreensão e não ter medo de tentar ultrapassar essa linha, buscando por alcançar o até então fora de alcance. E isto é algo que não se alcança de uma vida para outra, muito menos será alcançado de um dia para o outro... Pois que, por mais evoluído que nosso Ser seja, a cada nova existência ele fica imerso num véu de esquecimento que impõe que tudo reinicie e processe como se da primeira vez se tratasse. E a não ser que tomemos a iniciativa consciente da mais pura vontade vinda do coração de nos aproximarmos da realidade do Ser que somos, jamais alcançaremos ainda que o mais pequeno fragmento da mais singela lembrança da nossa real proveniência.
Somente apôs o alcance do que propriamente somos, poderemos nos tornar conhecedores de onde vimos, e então se a Divina Providência assim o achar por conveniente, alcançaremos o conhecimento de para o quê aqui estamos. Pois que existem muitas razões para existir, mas muito poucas para aqui querer voltar de animo leve.
Porquê a necessidade de responsabilidade?
Quanto maior o grau de compreensão, maior será o sentido de responsabilidade em fazer um bom uso desse conhecimento, não o usando somente para beneficio próprio, ou mais impropriamente, visando somente o alcance de riquezas materiais, mas para beneficio de todos aqueles com quem nos cruzarmos ao longo de nosso caminho de vida, e até mesmo visando beneficiar o planeta ou sistema solar que nos dá acolhimento numa determinada forma de vida ou vidas simultâneas.
È muito fácil colocar as culpas de tudo o que nos sucede nas circunstâncias criadas ao nosso redor, crendo de que nelas não temos influência, quando não podíamos estar mais errados a esse respeito.
É fácil mantermos um estado de vivência alheio às necessidades da Alma, porque nesse estado podemos incorrer nos actos mais impróprios até para o ser físico que unicamente cremos ser. E este é o estado de alienação no qual a maioria persiste em não abrir mão, porque abrir mão deste estado, implica abraçar a responsabilização e ganhar uma maturidade na qual, qualquer acto que incorra seja em prejuízo próprio ou alheio não poderá persistir, e deixará mesmo de ter consistência ou viabilidade em ganhar vida. E quem quer ser diferente num mundo onde as massas se movimentam em sincronia com o que se denomina de normalidade?
Independente do grau de desenvolvimento possuído, todos aqui viemos para aprender a reconhecer o que somos realmente. Apôs o reconhecimento da realidade do ser que somos, e aqui pouco importa o conhecimento da identidade de quem poderemos ter sido, importa somente o facto de que alcançando o conhecimento do que somos, uma das muitas amarras que nos prendem a esta ilusão existencial dissolve-se. E o que vimos aqui fazer, senão aprender através do alcance da nossa verdade, a libertar-nos dessas amarras que nos impõem uma existência tão fútil quanto inútil, de meramente existir sem qualquer propósito vigente?
Poderemos buscar por terapias. Tentar agrupar-nos em grupos espirituais. Tirar dezenas de cursos e com eles obter um monte de diplomas. Mas, o que nos dará isso se persistirmos em não querer abraçar a responsabilização do que somos?
Tal como existem aqui algumas exortações que nos dizem que o dinheiro não compra a felicidade ou a saúde. Na espiritualidade verdadeira, a única moeda de troca é a pureza das intenções com que nos apresentamos perante o que buscamos, e nada mais. Como tal, somente alcança e mantêm o conhecimento da verdade de seu Ser, aquele que se investe da mais pura simplicidade que busca apenas doar e partilhar o que é em humildade e em amor.
Alguns de nós precisam de recuperar a lembrança de quem foram, porque isso lhes trará o conhecimento da razão de aqui estarem no momento do agora, e a aceitar abraçar a tarefa que lhes cabe cumprir, que para estes não se cinge em aprendizado já que a elevação de seu próprio Ser dissolverá por si mesma as amarras e apegos que possam ter criado ao longo da actual existência humana. Enquanto outros de nós, precisam recuperar o conhecimento da sua verdadeira natureza, para assim compreenderem que o seu estado humano actual é um simples estágio, como que num ritual de passagem, durante o qual conhecimentos em forma de compreensão precisam ser adquiridos, que visam somente a libertação do Ser de todo o tipo de amarras, e somente apôs liberto destas, ele poderá passar para um novo estágio ou estado de evolução.
Buscar conhecimento sem aceitar responsabilizar-se por seus próprios passos, será o mesmo que impor-se a um estado de estagnação, no qual alguns estados ilusórios imperarão, impedindo-os de prosseguir e de alcançar novos níveis de evolução, capazes de colocar o Ser em patamares nunca antes alcançados.
Quando formos capazes de nos responsabilizar por nossos próprios passos, nos tornaremos capacitados a buscar o nosso caminho por nosso próprio mérito de acção, e o Universo poderá deixar de criar situações que buscam acordar-nos do estado ilusório em que nos deixamos permanecer como que adormecidos. E então, a partir desse momento, a Divina providência entrará em acção conspirando a favor do alcance dos objectivos espirituais de nosso Ser.
English version:
We move forward in this life as we know it, ignoring the fact that in our days is required greater responsibility towards Being.
This responsibility should be taken with due seriousness, because the Divine Providence does not play at service, and as such, should not be taken lightly. Although those who become beings converted to its essence become lighter in Being, would almost say, like living fully the state of being of a child in a grown body.
They have reached a spiritual maturity, often achieved after long years of study and reflection on the events of their lives. Reflecting on how they felt and reacted to each situation, looking to develop in themselves a state of acceptance, love, hope, patience and perseverance to persist without giving up their faith in something much bigger and higher that surpasses everything that the human feeling about existence can achieve when by using only a mental capacity that little goes beyond the evidences imposed by the circumstances of the life merely human.
Where are we? Where are we going? Or should I say... where we come from? And for what, are we here?
Our very existence as being a conscious Being, can never be measured or understood by a rational mind that lets itself control by basic instincts, we will have to search for us beyond all that the mind knows, defining where is the line of our own limits of understanding and not being afraid to try to overcome this line, seeking to find what has been out of reach. And this is something that can not be reached from one life to another, much less will be achieved from one day to the other... Because, for much great that our inner Being may be, in every new existence is immersed in a veil of oblivion which requires that all be restart and processed as if it were the first time.
And unless we take the conscious initiative of the purest desire from the heart for approaching the reality of the being we are,we will never be able to achieve nor even the smallest fragment of the simplest reminder of our real provenance.
Only when by reaching the scope of what we are for real, can we become knowledgeable of where are we coming from, and then if the Divine Providence finds as convenient, will we reach the knowledge of the reason why are we here for. Well, there are many reasons to exist, but very few reasons for wanting to return here.
Why the need for responsibility?
The greater the degree of understanding, the greater the sense of responsibility to make good use of that knowledge, not only using for their own benefit, or if improperly, targeting only the scope of material wealth, but for the benefit of all those with whom may we cross over our way, and even in order to benefit the planet or solar system that is hosting us in a particular way of life or even simultaneous lives.
It is very easy to put the blame for everything that happens to us in the circumstances created around us, believing that we have no influence on them, when we could not be more wrong about this.
It's very easy to put the guilty of all that happens to us on the circumstances created around us, believing that they are not influenced by us, when we could not be more wrong to this respect.
Its easy to keep a state of living oblivious to the needs of the Soul, because in this state we may incur in the most improper acts even to the physical being that we believe to be solely. And this is the state of alienation in which the majority of us persist on not giving up, because giving up of this state, means embracing accountability and earning a maturity in which any act that is incurred against him self or others can not persist, and even will lost any consistency or feasibility to gain life. And who wants to be different in a world where the masses move in sync with what is called normality?
Regardless of the degree of development that our beings may possess, we all have come to learn to recognize what we really are. After the recognition of the reality of the Being that we are, and here little matters the knowledge of the identity of who we have been, but solely matters the fact that attaining the knowledge of who we are, one of the many ties that bind us to this existential illusion will dissolve. And what have we come here to do, if not through the reaching of our truth learn to free ourselves of these shackles which impose an existence as futile as useless, by merely exist without any valid purpose?
Trying to congregate ourselves in spiritual groups. Taking dozens of courses and with them get a lot of qualifications. But what will that give us, if we keep persisting in not wanting to embrace the responsibility of who we are?
As there are a few exhortations here that say to us that money does not buy happiness or health. In true spirituality, the only bargaining chip is the purity of the intentions with which we present ourselves before to what we seek and nothing more. As such, only achieves and maintains the knowledge of the truth of his being, those able to invest on them selves with the purest simplicity of who seeks only to give and share what they are, with humility and love. Some of us need to recover the memory of who they have been, because that will bring them the knowledge of the reason why they are here in the moment of now, and also to accept and embrace the task that fits them to accomplish, which for these is not limited to learn, since the elevation of their own Being dissolves by itself the bonds and attachments that can have eventually been created over the current human existence. While others of us, are in need to recover the knowledge of their true nature, so as to understand that their current human state is a simple stage, like in a rite of passage, during which knowledge in the form of understanding needs to be acquired, keeping in vision the liberation of the Being from all kinds of bonds, and only after being free of these attachments, it may move to a new stage or state of evolution.
Seeking knowledge without accepting to take responsibility for their own steps, is the same as to impose a state of stagnation, in which the illusory states will kept strong, preventing them from pursuing and achieving new levels of evolution, capable to put the Being at levels never before reached.
Only when we become able to take responsibility for our own steps, will we be able to search for our way by our own merit and action, and the universe can then stop creating situations that seek to wake us from the illusory state in which we allow ourselves to remain dormant. And only then, from that time on, the Divine Providence will take action conspiring favorably for the achieving of the spiritual goals of our Being.
