No outro dia li um texto do meu amigo Lance sobre estar só ( no seu titulo original “ ALONE” ) e este tocou-me tão profundamente, que por sua vez me inspirou a escrever sobre o tema da solidão.
Ambos somos motivados pela Alma a escrever sobre temas que nos tocam muito pessoalmente, é algo que temos em comum e que partilhamos. Provimos de culturas diferentes, fomos criados em ambientes familiares completamente diferentes, nascemos em Países diferentes, eu sou Portuguesa e ele Americano. Eu não sigo uma religião em concreto, assumo uma posição budista/cristã, ou seja, uno as suas leis e ensinamentos numa postura própria que determino como a minha filosofia de vida, não excluindo os ensinamentos de outras, mantendo a minha mente e coração abertos. O Lance por sua vez é um Cristão assumido daqueles que todos os Domingos dirigem seus passos para a Igreja, e isso é notório nos textos que escreve sempre antecedidos por um trecho retirado da bíblia. Ele foi tocado pelo exemplo de seu Pai já falecido ao qual dá continuidade numa busca pela Alma que passou a ser a sua busca. Eu, infelizmente não tive exemplos na vida do que é ser movido pela fé ou amor abnegado e incondicional, valeu-me a sensibilidade de minha própria Alma que sempre fez questão de se fazer sentir, até cá para mim, cedo demais. Ele é uma das pessoas que entrou recentemente em minha vida e apesar de não nos conhecermos pessoalmente, uma das mais capazes de me dar suporte, de me transmitir força para prosseguir, sempre com uma palavra amiga e de encorajamento para dar, daquelas que sempre parecem sair no momento mais oportuno e que sempre nos tocam tão profundamente. Apesar de todas as diferenças que nos poderiam fazer divergir, existe uma razão muito mais forte para nos unir num esforço conjunto... a reciprocidade de nossas Almas.
Quando existem ideais movidos pela pureza do coração, nem mesmo a distancia impossibilita que acções conjuntas se possam concretizar.
Aqui fica o link para o texto do Lance, o qual recomendo vivamente que leiam.
http://lancessoulsearching.blogspot.com/2007/07/alone.html
Os nossos dons são para ser unidos num esforço conjunto e reciproco, o que lhes permitirá ter muito mais força e tocar muitas mais almas que procuram se encontrar.
(Vais ter de me desculpar Lance mas este novo parágrafo, foi introduzido no momento da postagem, não consta na versão que te enviei anteriormente)
São verdadeiros amigos aqueles que te aceitam independentemente de tuas crenças, formação, cultura ou imagem física... aqueles que fazem com que a nossa vida continue a valer a pena de ser vivida. E por muito que por vezes nos possamos sentir em solidão e com vontade de desistir, não o podemos fazer.
Porque não importam as dificuldades e os espinhos do caminho. Importam sim, os amigos que ao longo desse caminho árduo nos estendem a mão abrindo-nos o seu coração, aceitando-nos como somos sem reservas, contribuindo assim para ampliar o nosso mundo interior.
SOLIDÃO
Mesmo quando rodeados de uma multidão, podemos sentir-nos tão sós, como se estivéssemos perdidos... sem direcção ou rumo.
Tudo o que sentimos é a dor... o vazio da solidão e nada mais. Mas, quase sempre esse sentimento de solidão é necessário para que aprendamos a saber estar connosco. Nunca conseguiremos manter um relacionamento estável e pleno de felicidade se não nos sentirmos bem connosco. Porque se não nos sentirmos bem connosco, como nos poderemos sentir bem com os outros?
Quando nos sentimos atraiçoados o sentimento de revolta é compreensível e por vezes mesmo necessário mas, este não deve ser alimentado e sim ultrapassado. Ele leva-nos a sentirmo-nos tomados por uma angústia ao ver-mos a felicidade dos outros. Aquilo que também queríamos para nós mas que nos foge, escapando-se por completo. Algo que queremos segurar com ambas as mãos mas, cuja incapacidade de o conseguir fazer nos deixa frustrados.
Temos duas opções, uma delas, aquela que a maioria é levada a tomar é a de colocar-se na posição de vitima. Esta posição leva-nos a sentir uma serie de sentimentos nefastos, que nos corroem e acabam por atingir os que se encontram mais próximos de nós.
Em vez de tentarmos compreender o porquê de ter-mos atraído uma situação de abandono, traição ou infidelidade, deixamo-nos absorver pela raiva e revolta, e estas quando alimentadas tornam-se uma epidemia contagiante, uma doença que se não for tratada a tempo se transformará numa amargura que se tornará numa companheira inseparável, afastando de nós aquilo que mais desejamos. Nesta situação não estamos aptos a compreender que o nosso maior inimigo, não é aquele que nos abandonou ou atraiçoou mas, nós mesmos.
A outra hipótese é o sermos capazes de compreender que se alguém nos abandona ou atraiçoa, é porque não era digno de nossa confiança, então, em vez de lamentar-mos o sucedido, deveríamos dar graças a Deus pelo acto dessa pessoa, por ela por sua própria iniciativa ser levada a afastar-se de nós, porque ao fazê-lo deixa espaço para que outra pessoa mais apropriada se possa aproximar. Uma que seja merecedora de nossa confiança. Infelizmente nunca temos uma visão suficientemente clara para compreender tal e muito menos para compreender que a pessoa certa e adequada a nós só virá ou poderá ficar de nosso lado se primeiro aprendermos a estar bem connosco.
Como poderemos exigir que alguém goste de nossa companhia se somos nós os primeiros a rejeitarmo-nos a nós mesmos, quando não sabemos estar sós?
Porque a dor, a raiva e revolta de sentirmo-nos na solidão é isso mesmo que indica. Que não gostamos o suficiente de nós para conseguir-mos estar sós. Então, que fazer? Primeiro que tudo ter vontade de modificar a nossa atitude perante a situação, não querendo permanecer na posição de vitima. E porque não começar por aprender-mos a gostar de quem somos, a aceitarmo-nos tal como somos. Identificando em nós os aspectos que nos beneficiam como seres humanos, aqueles que mais gostamos na nossa personalidade e que nos podem ajudar a sentirmo-nos bem connosco. Dedicar tempo a actividades que gostamos, como por exemplo a hobbies que nos transmitam uma sensação prazerosa, ou a aprender algo que sempre sentimos que gostaríamos de saber, investindo na nossa pessoa, oferecendo um pouco de nosso tempo livre como voluntários numa associação em nossa comunidade, existem tantas a necessitar de ajuda. Ao invés de fecharmos os olhos cegos pelo ódio, raiva ou revolta, porque não voltar a nossa atenção às opções. Existem tantas coisas a que nos dedicarmos em vez de ficarmos sentados de braços cruzados lamentado o que não temos ou perdemos, isolando-nos, sentido-nos desprezados e vitimas de injustiças quando a maior injustiça somos nós próprios que a cometemos connosco mesmos.
“ Vencedores não são os que ganham, mas aqueles que mesmo sabendo que perderam algo, sabem que algo melhor virá para substituir o que foi perdido. Portanto, não existe razão alguma que justifique atitudes derrotistas, mas muitas razões para querer se tornar num vencedor. ”
English version:
In the other day I read a text of my friend Lance on being alone (in its original title "ALONE") and this touched me so deeply, that it inspired to me to write on the subject of the solitude. Both of us are motivated by the Soul to write on subjects that in touch us very personally, is something that we have in common and that we share. We come from different cultures, we were created in completely different familiar environments, were born in different Countries, I am Portuguese and he is American. I not follow a religion in concrete, I assume a position Buddhist and christian, that is, join its laws and teachings in a proper position that I determine as my philosophy of life, not excluding the teachings of others religions or philosophys, keeping open my mind and heart. Lance in is turn is an assumed Christian of thoses that all Sundays move its steps to Church, and this is well-known in the texts that it always writes preceded for a removed stretch of the bible. It was touched by the example of its deceased Father to which he gives continuity in a search for the Soul that started to be its search. I, unhappyly did not have examples in the life of that it is to be moved by the faith or self-sacrificing and unconditional love, valid me the sensitivity of my proper Soul that always made question of making me to feel it, until for me, excessively early.
Lance It is one of the people who entered recently in my life and although not knowing him personally, one of the capable to give me support, to transmit me strength to continue, always with a word friendly and of encouragement to give, that always seem to leave at the moment most opportune and that always touch so deeply. Although all the differences that in could make us to be appart, exist one strong reason that makes us to joining in a joint effort... the reciprocity of our Souls.
When in existence of a ideal moved for the pureness of the heart, not even the distance disables that joint shares can be materialize.
Here it is the link for the post of my friend Lance, which I recommend that you read.
http://lancessoulsearching.blogspot.com/2007/07/alone.html
Our gifts it is to being joined in a joint and reciprocal effort, that it will allow it to have so must more strength and to touch many more souls that are in search to found their selfs.
(You have to forgive me Lance but this new paragraph, was introduced at the moment of the post, it does not consist in the version that I previously had sent to you )
Are true friends those that accept you independently of your beliefs, formation, culture or physical image… those that make with that our life continues to be valid of being lived. And no matter how much for times we can feel in loneliness and with will to give up, we cannot make it. Because does not import the difficulties and the thorns of the way. They matter yes, the friends who in to the long of this arduous way extend to us their hand, opening to us its heart, accepting us as we are without reserves, contributing this way to extend our interior world.
LONELINESS
Exactly when encircled of a crowd, we can feel so alone, as if we were lost... without direction or route.
Everything what we feel is pain... the emptiness of the loneliness and nothing more. But, almost always this feeling of solitude is necessary so that we learn to know to be with ourselfs.
We will never obtain to keep a steady and full relationship of happiness if we do not feel well with us. Because if we do not feel well with ourselfs how can we be able to feel well with the others?
When we feel betrayed, the feeling of revolt is understandable and for times exactly necessary but, this does not have to be fed and yes exceeded. It takes us to feel taken by a anguish when seeing the happiness of the others. What also we wanted but that runs away from us, escaping itself for complete. Something that we want to hold with both hands but, whose incapacity of obtaining to make leaves us frustrated.
We have two options, one of them, that one that the majority is taken to take is to place itself in the position of victim. This position takes us to feel one serie of ominous feelings, that corrode us and it cease for reaching the ones that are find next to us. Instead of trying to understand the reason to have attracted an abandonment situation, treason or infidelity, we leave ourselves to absorb for the anger and revolt, and these when fed it become a contagious epidemic, an illness that if will not be treated at time will transform into a bitterness that will become in a non-separable friend, moving away from us what more we desire. In this situation we are not apt to understand that our worse enemy, it is not that one that had abandoned or betrayed us but, ourselves.
Another hypothesis it is to be capable to understand that if somebody abandons or betrays us, is because he/she was not worthy of our confidence, then, instead of lamenting the occurred, we should give thanks to God for the act of this person, for its proper initiative to be led to move away itself from us, because when making it leaves space so that another person more appropriate to us can approach. One that is deserving of our confidence. Unhappyly never we have a enough clear vision to understand such, much less to understand that the person certain and adjusted will only come or be able to be by our side if first we learn to be well with ourselfs.
How we will be able to demand that somebody likes our company if we are the firsts to reject ourselves, when we do not know to be alone?
Because pain, the anger and revolt to feel in loneliness is this that it indicates. That we do not like the sufficient of us to obtain to be alone. Then, what to do? First of all is to have will to modify our attitude before the situation, not wanting to remain in the position of victim. And why not to start for learning to like it in who we are, to accept us such as we are. Identifying in us the aspects that in benefit us as human beings, those that more we like in our personality and that can help us to feel well with ourselfs. To dedicate time to the activities that we like, as for example hobbies that could transmit a pleasant sensacion, or to learn something that always we feel that we would like to know, investing in our person, offering a little of our free time as voluntary in an association in our community, so many exist that need help. Instead of closing the blind eyes for the hatred, anger or revolt, why not to place all our attention to the options.
There are so many things that exist to we be dedicate instead of to be seated of crossed arms lamented the one that we do not have, isolating us, felt us rejected and victims of injustices, when the biggest injustice are we proper that commit it with ourselfs.
“ Winners are not the ones that earn, but those that exactly knowing that they had lost something, know that something better will come to substitute what it was lost. Therefore, does not exist any reason that justifies defeatist attitudes, but many reasons to want to become in a winner. ”
