Estar apaixonado é uma das sensações mais fantásticas que este mundo nos permite obter. O querer estar com o outro, em todos os momentos, bem próximos, partilhando cada momento, cada sentimento e emoção.
Quando estamos apaixonados, as cores do mundo avivam-se e a vida se torna mais leve. O quão magnifico é chegar e ter aquela pessoa ali, à nossa espera, pronta a receber-nos de braços abertos e a revelar-nos o seu amor. A doar-nos o conforto de seu regaço, transmitindo-nos aquilo que mais ansiamos por encontrar neste mundo, e que nos faz saber, que não estamos sós. Algures alguém nos aguarda a chegada, com a mesma ansiedade que nós sentimos por chegar. E quando o encontro se dá, o tão ansiado encontro, quer se dê apenas a nível espiritual, físico ou ambos, os dois se apercebem como juntos se tornam num só, fundindo os seus seres de um modo perfeito, encaixando-se de tal forma, que a única certeza que lhes vêm à mente, é de que foram feitos um para o outro.
No amor, naquele que a Alma determinou encontrar, barreiras se desfazem por completo. Não existem ideais, distância ou diferença de idade, que o impeçam de se fazer sentir. É amor e pronto! Somos nós, unicamente, o impedimento para a perduração deste amor, porque dificilmente quando nos apaixonamos, conseguimos manter o nosso amor pelo outro afastado do apego. O amor não se pode medir por peso ou tamanho, não pode ser adquirido em troca de valores materiais, nem mesmo, pode ser fechado numa arca a sete chaves, para que não nos escape.
O amor precisa de se sentir livre, para que se possa expressar ao seu mais alto nível, pois tal como a Alma, não pode ser aprisionado. Se o aprisionamos, acabamos por o abafar, e permitimos que aconteça aquilo que mais queremos evitar, ele nos escapará...
O amor não se pode controlar, ou mesmo, escolher a quem amar. Quando o amor surge, mesmo que nós teimemos em não o querer, isto quando em nossa vida fomos assombrados por experiências negativas de relacionamentos anteriores, é porque de alguma forma estamos preparados para o receber, ou nossa Alma, desta forma nos facilita algo de que estamos necessitados. Seja isto em forma de emoção, sentimento ou aprendizado. Mas, o amor à nossa frente é colocado, inteiramente à nossa disposição, proporcionando-nos desde as mais maravilhosas vivências, ao aprendizado mais doloroso e difícil de digerir.
Mas, mesmo para aceitar algo tão sublime quanto o amor, é necessário estar receptivo e preparado para o deixar fluir. Assim, como necessário será, mantermo-nos constantemente atentos e em alerta, de modo a não deixarmos cair o amor na teia do apego. O apego, indubitavelmente irá querer aprisionar o amor, acabando por o abafar, retirando-lhe por completo o espaço de que ele necessita para movimentar-se e livremente fluir. Sem o espaço necessário, o amor acabará por sufocar, definhar e converter-se com o tempo num sentimento negativo.
No lugar do amor, sentimentos como a raiva, a frustração ou o ódio tomarão espaço, reclamando por tomar por seu, o lugar antes preenchido pelo sentimento do amor.
O amor quando encontrado, não deverá ser tomado como algo a possuir. Não podemos nos proclamar donos do amor que alguém nutre por nós, nem mesmo, quando o sentimento de amor é reciproco e partilhado ao mesmo nível.
Sentimentos como o ciúme, são um claro indicio de que nos estamos a apegar ao amor que o outro nos oferece. O ciúme, indica-nos que estamos a querer impor uma condição ao amor. E indica, que não confiamos o bastante na legitimidade desse amor. E porquê isto sucede? Esta é a pergunta que devemo-nos fazer, indagando a nós próprios.
Qual a razão ou razões que nos levam a questionar a legitimidade do amor? O que nos leva a desconfiar do amor da pessoa amada? E porque razão sentimos que o amor deve ser intransmissível e imutável, quando a própria vida se nos revela mutável em todos os momentos?
O amor é como qualquer outro sentimento, uma manifestação de energia, cujo principal aspecto é a sua sublimidade. E como qualquer outra energia, precisa do espaço adequado para fluir e ressoar. Precisa de encontrar receptividade e liberdade suficiente para se renovar e expressar livremente.
Apegar-se ao amor, será impor-lhe condicionamentos, e dar espaço para que o sofrimento tome o lugar da alegria, só possível de ser proporcionada quando é dado ao amor, espaço para fluir e adaptar-se às necessidades da Alma.
Estas, são as razões pelas quais quando nos abrimos ao amor, devemos ter em atenção que deixá-lo fluir livremente sem dar lugar ao apego, é não dar espaço ao ciúme ou à desconfiança de se instalarem, e é mantermos a receptividade à sua mutabilidade, aceitando a sua chegada ou a sua partida de igual forma.
Porque amar, não é apenas partilhar um leito, uma casa ou uma vida. É igualmente aceitar tudo aquilo que ele nos têm para dar nas suas duas vertentes, positiva e negativa. Pois estes dois aspectos, estão presentes em toda a nossa existência, e como tal, devemos aceitar que no amor não será diferente. Não podemos alcançar o equilíbrio quando apenas queremos aceitar a vertente positiva e rejeitar ou anular a vertente negativa, isto será dar prioridade a apenas uma vertente, deixando que o desequilibro se instale em nossa vida. E o desequilíbrio, independentemente da vertente que possa favorecer, só poderá proporcionar sofrimento e tristeza.
Para que o equilíbrio possa estar presente em nossas vidas, será necessário que aceitemos que ambas possam estar presentes, equilibrando-se entre si, estimando a receptividade e a aceitação, tanto de uma como de outra.
Precisamos aprender a amar com confiança plena no amor, e acreditar veemente de que este, é a condição maior, que faz com que a Alma necessite de manifestar-se neste mundo.
Amar, sem apegar a este, condições que suprimam a energia que lhe é inerente, e que o torna tão sublime e desejado por todos os seres, deste e de outros mundos.
Amar, implica aceitar o outro tal como é, e sermos amados, tal como somos. Incondicionalmente.
Quando encontramos este Amor, e permitimos que nosso Ser fique completamente imbuído de sua energia, sentimo-nos ser invadidos por uma felicidade completa. Nosso Ser apazigua-se, elevando-se a esferas nunca antes atingidas.
A energia do Amor a estas esferas nos transporta, quando a ele nos abrimos, doando tudo o que somos. Numa receptividade que se requer mútua. Só assim, podemos transpor-nos para níveis que julgávamos inexistentes, e nos deparamos com um cenário anteriormente apenas perceptido por nossa Alma, que nos fazia sentir um Amor que parecia impossível de reflectir-se neste mundo, quanto mais materializar-se...
Mas, é quando o identificas em alguém, que tal como tu, também se expressa neste mundo, com suas virtudes e imperfeições presentes, e apesar do que te condiciona, consegues olhar fundo em seu âmago e ver para além do aspecto físico que serve-lhe de invólucro. E vislumbras algo de uma grandeza que dificilmente esquecerás. Por mais anos que vivas, por mais Almas que ames, por mais tormentos que sofras, ou alegrias te sejam proporcionadas... Jamais a marca que se fixa em teu Ser, dele se removerá. Ficando como estigma em tua Alma cravado.
AMA, apenas e só por AMAR. Não restrinjas o teu amor impondo-lhe condicionamentos que dele não fazem parte.
Recebe-o sempre de braços abertos, e de braços abertos deixa-o partir.
Se o Amor que no outro Ser ressoa, é o mesmo que ressoa em teu Ser, certo será que se partir, de novo retornará, e mais forte permanecerá para além da vida.
Ama todos aqueles que te odeiam.
E quando intentam contra ti, abençoa-os.
Ama todos aqueles que teu amor ignoram.
E aqueles que de teu amor querem prescindir, abençoando-os.
Ama todos aqueles que te amam.
E com estes eleva o teu Ser, numa benção mútua e plena.
AMA, APENAS E SÓ POR AMAR!
English version:
To be in love is one of the most fantastic sensations that this world allow us to obtain. The desire to be with the other, in all moments, very close, sharing each moment, each feeling and emotion.
When we are in love, the colours of the world become brighten, and life becomes more flowing. How wonderful is to arrive and have that person there, waiting for us, ready to receives us with open arms and reveals us is love. To donate the comfort of is lap, telling us what more we look forward to find in this world, and make us know, that we are not alone. Somewhere someone is awaiting our arrival, with the same anxiety that we feel to arrive. And when the meeting happens, the so much desired meeting, be only in the spiritual level, physical or both, the two reallays how together become only one, merging their beings in a perfect way, matching in such a way, that the only certain that come to their mind, is that they have been made for each other.
In love, the one that the Soul establish to find, barriers crumble for complete. There is no ideals, distance our difference of age, preventing it being felt. Is love and that’s all! Are we only, the impediment for the lasting of this love, because hardly when we get in love, we are able to maintain our love for the other away from clings. Love can not be measured by weight or size, can not be acquired in exchange of materials values, not even, can be closed by seven keys in a chest, so it do not escape from us.
Love needs to feel free, so it can express in is most highest level, because as the Soul, it can not be caged. If we confined it, we will finish to suffocate it, and allow to happen what we most want to avoid, it will escape from us…
Love can not be controlled, or even, choose who to love. When love appears, even if we insist in not want it, this when in our lives we have been haunted by negative past experiences, is because somehow we are prepared to receive it, or our Soul, in this way facilitates something that we are in need. Be this in form of emotion, feeling or learning. But, love is put before us, fully available to us, giving us from the most wonderful experiences, to the most painful and difficult to digest learning.
But, even to accept something as sublime as love, is need to be receptive and prepared to let it flow. Thus, as will be necessary to keep us constantly aware and in alert, in a way to not let love fall down in the web of attachment. The attachment, undoubtedly will want to capture the love, finish to suffocate it, removing completely from it the space that it needs to move up and freely flow. Without the necessary space, love will finish to suffocate, languish and become over time in a negative feeling.
In place of love, feelings such as anger, frustration or hate will take space, declaring for them, the place before filled by the feeling of love.
Love when found, should not be taken as something to posses. We can not proclaim the owners of the love that someone nurtured for us, not even, when the feeling of love is mutual and shared at the same level.
Feelings such as jealousy, are a clear indication that we are getting addicted to the love that the other offer to us. The jealousy tell us that we are trying to impose a condition to love. And indicates that we do not trust enough in the legitimacy of that love. Why this happens? This is the question that we should do, inquiring ourselves about it.
What the reason or reasons that make us to question the legitimacy of love? What make us to doubt of the love of our love one? And because of what reason do we feel that love must be intransmissible and immutable, when life itself reveal us mutable in every moments?
Love is like any other feeling, a manifestation of energy, whose main feature is it sublimity. And like any other energy, it needs the appropriate space to flow and resonate. Needs to find receptivity and freedom enough to renew and express freely.
Cling to love, will be to impose constraints, and give space for the suffering take the place of joy, only possible to provide when is given to love, space to flow and adapt to the needs of the Soul.
These, are the reasons why when we open to love, should have in attention that letting it flow freely without giving place to attachments, is to not given space to jealousy or mistrust to install, and is to maintain the receptiveness to their mutability, accepting is arrival or departure, in the same way.
Because to love, its not only to share a bed, a house or a life. Its also accept what it has to give to us on both sides, positive and negative. Because this two aspects are present throughout our existence, and as such, we must accept that with love will not be different. We can not achieve the balance, when we only want to accept the positive side and dismiss or cancel the negative side, this will be to give priority to only one side, leaving it up the imbalance in our lives. And the imbalance, regardless of the side that can facilitate, can only provide pain and sadness.
For the balance be present in our lives, will be need to accept that both may be present, balancing each other, estimating the receptivity and acceptance, as much of one as of another one.
We need to learn to love with total confidence in love, and believing strongly that this, is the highest condition that makes which the Soul needs to express in this world.
Love, without cling to it, conditions that suppress the energy that is inherent to it, and makes it so sublime and desired by all beings, from this and other worlds.
Love, means accepting the other as it is, and be loved, as we are. Unconditionally.
When we find this love and allow to our being to be fully imbued with is energy, we felt to be invaded by a complete happiness. Our being become calmed down, rising to levels never before reached.
The energy of love transport us to this areas, when to it we get open, donating everything that we are. In one receptivity that it is required to be mutual. Only then, we can transpose us to levels we thought not existent, and we can see a scenery only before perceived by our Soul, that make us feel a love that seemed impossible to be reflected in this world, and less to become materialise…
But, is when you identify it in someone, that like you, also express itself in this world, with its present qualities and imperfections, and despite of what bring you conditions, you can look deep into his/her essence and see beyond the physical aspect that serves to it of lodging. And you glimpse something of a magnitude that hardly you will forget. For more years that you live, for more Souls that you love, for more suffering torments, or joys be offered to you… Never more the mark that gets fixed in your being, from it will be removed. Staying like stigma undying into your Soul.
Love, only and just for loving. Do not restrict your love imposing constrictions that of it are not part.
Always receive it with open arms, and with open arms let it leave.
If the love that in the other Being resounds, is the same that resound in your Being, right will be if it leave, again will return, and stronger will remain beyond life.
Love all those who hates you.
And when intend against you, bless them.
Love all those who ignore your love.
And those who want to give your love away, blessing them.
Love all those who love you.
And with these ones increase your being, in a mutual and full blessing.
LOVE, ONLY AND JUST FOR LOVING!
